domingo, 30 de outubro de 2011

CAMPANHA DE APOIO AOS PROFESSORES E A EDUCAÇÃO-MG



Bem! Sendo bastante realista:
ou esta categoria mostra que tem consciência política, força de mobilização e liderança para retomar as ruas numa greve com grande adesão, bem organizada, com planejamento das ações nos campos político, jurídico, de comunicação sistemática com a sociedade e com as lideranças dos movimentos sociais, religiosos, estudantis e parlamentares de todo Brasil, além de elaborar um sistema eficiente de comunicação interna para manutenção da mobilização com vistas a uma mobilização nacional e ainda, e acima de tudo, com uma determinação inabalável de só retornar  com o piso e nenhuma outra opção menor que esta, ou aceitamos que somos fracos e nos calamos!

Alguns dados reais para termos noção de nossa força e principalmente de nossa situação geral. Precisamos entender que o piso é apenas o 1º passo porém o mais fundamental dessa luta! Por isso mesmo não podemos desistir mas, só devemos retomar a greve com preparação e planejamento para suportamos uma greve por tempo indeterminado.

VEJA ABAIXO RECORTE DE PESQUISA SOBRE NOSSA REALIDADE EM TODO BRASIL.
 O QUADRO GERAL É ASSUSTADOR E POR ISSO PRECISAMOS REAGIR!

Pesquisa comprova: (ver na íntegra http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/).


Força Numérica:

1 - Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicam que os profissionais do ensino constituem o terceiro grupo ocupacional mais numeroso do Brasil: 8,4% dos trabalhadores - em números absolutos, cerca de 2,9 milhões de postos de trabalho.

2 - Perdem apenas para duas categorias reconhecidas como grandes absorvedoras de mão de obra: os escriturários (15,2%) e os trabalhadores do setor de serviços (14,9%). E ficam à frente dos trabalhadores da construção civil (cerca de 4% da força de trabalho).

Quadro Geral:
1 – Minas paga o Menor salário da America latina aos professores.

2 - Na comparação salarial com os colegas da América Latina, os docentes brasileiros perdem - e estão muito longe dos países desenvolvidos e entre os Brasileiros, Minas paga o menor salário. R$369,00.
     
3 - Uma profissão desvalorizada. Só 2% dos jovens pretendem cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura, carreiras pouco cobiçadas por alunos das redes pública e particular.


4 - Baixos salários, desvalorização social e más condições de trabalho. De acordo com os resultados do estudo da Fundação Victor Civita, esse conjunto de fatores afasta a maioria dos alunos que em algum momento chegou a pensar em se tornar professor

5 - O déficit de professores com formação adequada à área que lecionam chega a 710 mil.

6 - O ensino é exercido por pessoas não plenamente qualificadas a ensinar para determinado nível escolar ou disciplina. A situação mais crítica ocorre nas ciências exatas. Em áreas como a de Física,

7 - O porcentual de docentes graduados no campo de saber específico é de apenas 25,2%. Na de Química, o total é de 38,2%.

 

8 - O panorama é ainda mais grave se considerarmos que 41% do corpo docente tem 41 anos ou mais - ou seja, está relativamente próximo da aposentadoria.

9 - Cai o prestigio e o valor do professor na sociedade. ( ver quadro na pesquisa).

 

10 - Índice de vagas ociosas chega a 55% do total oferecido em cursos de Pedagogia e de formação de professores.

11 - Nas escolas públicas, a Pedagogia aparece no 16º lugar das preferências. Nas particulares, apenas no 36º.

12 - Entre os entrevistados que optaram pela docência, 87% são da escola pública. E a grande maioria (77%), mulheres.

13 - Em Pedagogia, 80% dos alunos cursaram o Ensino Médio em escola pública e 92% são mulheres.

14 - Metade vem de famílias cujos pais têm no máximo a 4ª série, 75% trabalham durante a faculdade e 45% declararam conhecimento praticamente nulo de inglês.

15 - O mais alarmante: segundo estudo da consultora Paula Louzano, 30% dos futuros professores são recrutados entre os alunos com piores notas no Ensino Médio.

16 - Novo perfil de candidato à docência: mais empobrecido, estudante de escola pública e com pequena bagagem cultural. As informações da pesquisa Atratividade da Carreira Docente no Brasil confirmam esse panorama

17 - (Enade) de Pedagogia, cerca de 80% cursaram o Ensino Médio em escola pública (68% só estudaram nesse tipo de instituição) e 92% são mulheres.

18 - Nas graduações de Pedagogia (no caso, por meio dos dados do Exame Nacional do Ensino Médio de 2008), o panorama geral revela alunos com dificuldades de escrita e compreensão de texto nas questões de Língua Portuguesa.

19 - Além das dificuldades econômicas, alunos dos cursos de Pedagogia e Licenciaturas chegam à universidade com poucas referências culturais


20 - Em termos socioeconômicos, 39% vêm de famílias com até três salários mínimos de renda mensal (a maioria, 50%, situa-se na faixa entre três e dez salários) e três em cada quatro trabalham

21 - Em relação à escolarização, a tendência é que, quanto maior o nível de instrução dos pais, menor a intenção de ser professor.

22 - Os pais com Ensino Superior também são mais numerosos entre os que não querem atuar em sala de aula: 31%, contra 16% dos que escolheram a docência como profissão.

23 - A falta de condições engloba tanto a estrutura material da escola como a dinâmica do ambiente escolar (as relações entre alunos, professores, funcionários e comunidade). Isso envolve, por exemplo, a questão da violência, uma das responsáveis por fazer o local de trabalho ser visto como um problema pelos possíveis candidatos.

24 - As deficiências de formação, que começam na Educação Básica, se aprofundam nas Licenciaturas e nos cursos de Pedagogia - que deveriam tomar para si a responsabilidade pela ampliação do universo cultural dos futuros docentes.

25 - (Enade), apenas 3% dos cursos de graduação em Pedagogia conquistaram o conceito máximo (nota 5).

26 - Apenas 28% das disciplinas dos cursos se referem à formação profissional específica, conforme revelou pesquisa da FCC para NOVA ESCOLA.

27 - Como mostra a pesquisa FCC/FVC, há a percepção disseminada entre os jovens de que a docência exige um dom e um sacrifício próximos do sacerdócio e que, para exercê-la, bastam cuidado, atenção, paciência e boa vontade - sobretudo nos anos iniciais. "Essa visão deixa de fora toda a complexidade da profissão, que requer aperfeiçoamento teórico, aprendizagem e criatividade".

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