sexta-feira, 16 de setembro de 2011

RELATO DE VISITA FEITA A ESCOLAS DE BH COM SUBSTITUTOS


(Já que não estamos num Estado de Direito e muito menos democrático, omitirei os nomes des pessoas e das escolas para evitar represálias)

Nesta semana estive visitando três escolas e tive a oportunidade de conversar com 18 Diretores e uma inspetora numa reunião, além de alguns alunos.

O que pude observar nestas três escolas foi poucas salas com 12 ou 13 alunos aproximadamente, assistindo “aulas” precárias de Biologia (com profissional da área da enfermagem), Matemática (com profissional da engenharia), História (com advogado), Filosofia (com jornalista). Foi uma visão deprimente, ver como aqueles poucos alunos estão sendo ludibriados pelo governo e por pessoas sem escrúpulos que não conseguindo vagas em suas áreas  profissionais, se submetem a este papel enganando os alunos e interferindo e prejudicando a mobilização de nossa categoria.

Na conversa com os Diretores, estes me disseram que em suas escolas ( BH, Sta Luzia, Contagem e Betim) a greve está forte entre professores do Ensino Médio, mas no ensino fundamental poucos estão parados. Inclusive uma delas me relatou que uma Superintendente a orientou a dispensar uma vice que apoia a greve.

A inspetora me informou que pelas contas (não divulgadas) do governo, próximo de 50% das escolas de BH estão parcialmente ou inteiramente paralisadas. Também informou que há uma orientação interna nas Metropolitanas proibindo funcionários de comentarem sobre a greve e a favor dos professores. É a lei do silêncio associada a uma lavagem cerebral no sentido de colocar os funcionários contra os professores. - Realmente estive numa Superintendência e a fala de uma funcionária foi contra os professores e em defesa do governo na questão da Rede Minas e subsídio.

Os alunos me disseram que as “aulas são muito ruins e que os substitutos não sabem dar aulas, apenas mandam os alunos ler os capítulos dos livros” e que eles (alunos) estão freqüentando uns dias e outros não. - Realmente passando pelos corredores e verificando as poucas salas com “aulas” o que vi foram grupos de alunos aguardando o fim do horário (reduzido) enquanto os substitutos sentados na cadeira do professor manuseiam seus celulares. Obviamente sem nenhum compromisso com a educação, o ensino ou com o aluno.

Bem, este relato é para demonstrar a falácia da substituição promovida pelo governo, está capenga, frágil, para não dizer ridícula. Por isso mesmo,  entendo que o Sindicato com o apoio das organizações estudantis, deve fazer uma intervenção contínua junto aos alunos que ainda estão freqüentando estas ‘aulas” esclarecendo que eles estão sendo ludibriados.

A situação é tão precária que estou convencido que basta algumas faixas nas portas das escolas, panfletagem ou reuniões das organizações estudantis com estes alunos para por fim a esta farsa da substituição.

Em paralelo defendo um comunicado na TV e jornais cobrando destes substitutos uma posição de ética profissional perante a sua própria profissão e a categoria dos professores, não se submetendo a este papel.

IMPORTANTE: sugiro ao Sindute enviar ofícios, representações etc. à OAB e aos Conselhos Profissionais Regionais destes substitutos, cobrando o princípio da ética profissional, já que estão atuando e interferindo no sentido de prejudicar uma outra categoria profissional ( a dos professores). 
Agora entendi por que a irresponsabilidade do governante é tipificada na lei 1079/50 como crime!
Abraço!!
  MG/BRASIL

2 comentários:

  1. Caro Westerley
    Mais uma vez você nos fornece informações preciosas contra a falácia e a incompetencia desse governador mesquinho e medíocre e suas secretárias igualmente desqualificadas.
    Força na luta.
    David

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  2. Como vai meu caro!! Esta melhor?

    E há um mais atualizado que estou aguardando autorização para publicá-lo...
    Até!

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